Na madrugada desta quinta-feira (14), um jovem de 22 anos, identificado apenas como João Victor, foi encontrado morto no quintal da própria residência no Bairro Giazone Olegario de Lima, em Maracaju.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados para atender um caso de possível suicídio. No local, encontraram a vítima já ao solo, pois o irmão tentou salvá-lo.
Ainda conforme o Boletim, a cena foi analisada e foi confirmado que se tratava de um suicídio, sendo dispensada a presença da Perícia. A vítima teria amarrado um cinto em uma árvore para cometer o ato.
Familiares relataram que o jovem estava realizando acompanhamento psicológico, pois era depressivo.
Como ajudar alguém com pensamentos de morte - Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a se aproximar de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso. De acordo com os médicos, o ideal é que a pessoa seja encaminhada a um psiquiatra e seja medicada. E, no mundo ideal, que tenha um acompanhamento de um terapeuta e o apoio da família.
Outro fator importante a ser lembrado é que, caso a pessoa precise fazer uso de algum medicamento, ele não tem efeito imediato. Por isso, os primeiros 30 dias após uma tentativa de suicídio e o início do tratamento são os que precisam de mais atenção.
Na rede pública, a indicação é procurar os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Por lá, é possível marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.
É preciso falar sobre suicídio - Apesar dos mitos envolvendo o tema, a prevenção ao suicídio avança. Na década de 1980, um estudo nos EUA afirmava que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que "não podemos falar sobre o assunto". Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio.